Tá na hora de falar do Lúpus
Fevereiro Roxo é o mês de conscientização do Lúpus e da Fibromialgia. Como uma forma de oferecer uma rede de apoio às mulheres que convivem com a doença, a Secretaria de Saúde por meio do NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica) e o Departamento de Vigilância em Saúde realizou na manhã desta quarta-feira, dia 23, uma roda de conversa com mulheres – Grupo de apoio ao Lúpus, o encontro foi realizado no auditório da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Casimiro de Abreu.
O que é Lúpus?
Também conhecido como lúpus eritematoso, é uma doença autoimune que faz com que as células de defesa ataquem as células saudáveis do corpo, o que pode provocar inflamação em várias partes do corpo, especialmente articulações, pele, olhos, rins, cérebro, coração e pulmões. seu tratamento é necessário porque, uma vez que a doença sai de controle, é capaz de levar o paciente a óbito.
A doença lúpus não é contagiosa e por isso não pode ser transmitida de um indivíduo a outro. Ela é o resultado de uma série de processos internos no organismo de uma pessoa, que não podem ser passados para terceiros.
O lúpus é mais comum em mulheres do que homens, mas pode afetar pacientes de ambos os sexos. Existem diferentes tipos de lúpus, sendo que o lúpus sistêmico é mais recorrente.
Jorge Luis Da Silva Ramos, Coordenador da Proteção Social Especial de Média Complexidade e assistente social do município de Macaé, palestrou sobre as dificuldades encontradas por quem enfrenta a doença e também as ações que podem auxiliar no processo de tratamento, tais como criação de grupos de apoio, projetos de lei…
A vereadora Maria de Fátima Canejo participou da encontro e ofereceu total apoio às mulheres “Estou junto na luta de vocês. A partir de hoje vocês têm uma parceira na Câmara dos Vereadores. Vamos unir nossas forças.” disse Fátima.
Apesar de toda a dor, principalmente física, enfrentada por quem lida com a doença, a manutenção da autoestima é uma das várias ferramentas utilizadas para manter a saúde mental necessária para passar pelos momentos mais delicados da doença. Autoestima foi o tema da palestra da psicóloga Isabella Fernandes. O momento ajudou as mulheres presentes a se abrirem sobre o assunto e a entenderem que os momentos bons e também os ruins fazem parte da vida, mas que é sempre importante manter o amor próprio.
Ana Débora Fraga foi diagnosticada com Lúpus, Fibromialgia e SAF (Síndrome Antifosfolípide) há 14 anos participou do encontro e deu seu depoimento
“Há quanto tempo estamos lutando sozinhas no escuro. Ter essa oportunidade de partilhar e saber que podemos contar com profissionais e outras pessoas que convivem com a doença é muito gratificante. O sofrimento de quem tem doenças autoimunes é silencioso. Muitas pessoas que sabem da nossa situação acabam se acostumando com isso. E esse costume por parte das outras pessoas acaba virando uma forma de preconceito e discriminação.” disse Débora.