Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma em cada 100 crianças em todo o mundo tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em razão disso, a data de 2 de abril foi criada pela Organização das Nações Unidas com o objetivo de difundir informações sobre essa condição e reduzir o preconceito que cerca as pessoas afetadas pelo TEA. 

Em Casimiro de Abreu uma série de ações  está sendo  promovida pela Secretaria Municipal de Educação em escolas da Rede Municipal de Ensino durante todo o mês de abril. No Centro Educacional Infantil Marina Dias da Silva, no Centro, mães de crianças com TEA distribuíram algodão doce para a criançada. 

 “O que fazemos é realizar a inclusão dessas crianças de forma efetiva”, explicou a diretora Carla Tinoco, cujas palavras foram endossadas por Ana Débora Jatobá (foto), mãe do pequeno Davi, que apresenta o TEA. “Essa data serve de conscientização de que é preciso ter mais respeito ao autista e  também  amor ao próximo”, disse Ana Débora.

Já na Escola Patrick Marchon, as ações foram voltadas para brincadeiras e conversas com o tema inclusão. A escola tem cerca de 30 autistas e a interação entre os alunos transcorre normalmente. 

“A gente já vem fazendo esse trabalho ao longo dos anos. Todos têm uma dinâmica de como lidar com eles. Hoje mesmo fizemos a brincadeira com cabo de guerra, da bola com a malha,  e foi todo mundo junto”,  concluiu  Dilcelena da Silva Oliveira, diretora. 

Em Barra de São João, uma palestra com o advogado Rodrigo Santana discutiu o Respeito e a Inclusão na Creche Gélio Alves Farias. Igualmente, palestras com pais e mães de alunos com o TEA foram realizadas em diferentes unidades de ensino, tanto em Barra como em Casimiro de Abreu.

Ações

O que é o Transtorno do Espectro Autista

O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estímulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito específicas.

Os sinais do TEA começam na primeira infância e persistem na adolescência e vida adulta. A condição acomete cerca de 1 a 2% da população mundial, com maior prevalência no sexo masculino, e as causas são multifatoriais, com grande influência genética, mas também com participação de aspectos ambientais. Algumas outras condições podem acompanhar o TEA, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, epilepsia e deficiência intelectual, essa com ampla variabilidade