Em tempos de pandemia toda prevenção contra a dengue também se faz necessário. O alerta vem do coordenador Municipal de Vigilância em Saúde Ambiental Mauri Teixeira.
Embora o índice médio de infestação do Aedes aegypt – mosquito transmissor- esteja baixo, quando se analisa bairro a bairro a preocupação surge.
Isso se reflete no último Levantamento do Índice Rápido por Aedes Aegypti (LIRA).
“Casimiro tem índice médio de 0,9, que é o risco baixo. Mas quando analisamos o bairro Mataruna, (na Sede), por exemplo, o índice sobe para 3,8. Altíssimo”, observou o coordenador.
Mauri alerta que um surto de dengue em meio à pandemia de coronavírus pode ser um coquetel explosivo, já que haveria superlotação no sistema de saúde. Além disso, o risco de mortalidade por Covid aumentaria devido à debilidade do organismo infectado também pelo vírus do mosquito.
Perigo está dentro de casa
De acordo com o LIRA, quase a metade dos focos encontrados pelos agentes de endemia (46%) está dentro de casa, em vasos de plantas. Um velho hábito perigoso é não eliminar a água parada, onde o mosquito procria. Por outro lado, de nada adianta fazer isso, se não for colocado areia, e não água, de volta no recipiente.
Isso porque a fêmea do mosquito põe seus ovos na parede de um criadouro com água (os ovos não ficam na água, mas bem próximos a elas). Portanto, jogar apenas a água fora, não resolve o problema.
Cultura – “Precisamos muito do apoio do morador. É o principal agente de combate ao mosquito. Sem ele, o trabalho não pode ser bem feito”, reforça Mauri. O coordenador lembra que, atualmente, o agente de endemias deixou de ser um mero colocador de venenos em ralos para ser um orientador. “Mas é o morador quem deve monitorar o seu quintal”, arremata.
Ele ressalta que muitas pessoas têm o hábito de esperar sempre o Poder Público para agir. Por isso é importante que cada morador reserve pelo menos dez minutos do dia para eliminar toda água parada que encontrar em sua residência.
Do contrário, de nada adianta a visita do agente de endemia. “Infelizmente, tem-se uma cultura antiga de esperar sempre o poder público para agir. O agente não tem como visitar a casa do morador toda a semana. Nesse período, o ciclo de criação do Aedes já foi completado”, finalizou.