Eles são bem pequenos, mas capazes de tirar qualquer um do sério. E é durante o verão e a primavera que temos a maior ocorrência dos mosquitos borrachudos. Isso porque eles se reproduzem muito mais em climas quentes. Para minimizar os ataques e o incômodo que este inseto pode causar, a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca e a Fundação Municipal estão atuando no seu controle biológico.
Os técnicos da Prefeitura estão percorrendo a região serrana do município, como Figueira Branca, Tenar e Córrego da Luz, para aplicar uma larvicida biológico em rios e córregos que cortam a região. “O produto aplicado nos afluentes do rio Macaé é eficiente para o controle do mosquito borrachudo, pois elimina suas larvas sem provocar impactos na fauna e flora locais”, ressaltou o biólogo Maurício Porto.
A cada 15 dias, a aplicação é refeita para que haja eficiência. No entanto, alguns cuidados também evitam a proliferação do inseto. Verifique a situação do esgotamento sanitário de sua residência e não jogue lixo ou restos de comida nos rios e encostas, pois os borrachudos se proliferam com mais rapidez nas águas com material orgânico. A preservação das matas ciliares e da floresta é muito importante, pois atraem os pássaros e insetos que se alimentam dos borrachudos ajudando assim, a manter o controle de sua população.
Sobre o borrachudo – O mosquito borrachudo é um inseto da família dos simulídeos, mas que não tem nada a ver com o pernilongo. Os borrachudos gostam de voar durante o dia, com sol quente e ainda bem pequenos. A fêmea é quem dá a picada e se alimenta do sangue de mamíferos. A região da pele atingida incha porque quando o inseto pica injeta uma substância que provoca uma reação alérgica na pele.
A fêmea adulta deposita os ovos em folhas e galhos submersos em água corrente dos riachos. Os ovos viram larvas e pupas, e depois de aproximadamente 25 dias o borrachudo adulto sai de dentro da água. Quando a fêmea é fertilizada, procura um mamífero para picar, porque o desenvolvimento dos ovos que ela carrega depende da proteína do sangue, que pode ser o de um ser humano.
Ao contrário do mosquito da dengue, por exemplo, o borrachudo não gosta de água parada, e quanto mais sujeira houver, melhor para ele. As larvas se alimentam de matéria orgânica. Por isso, lixo e dejetos de animais aumentam a proliferação do borrachudo.