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João Gabriel Daher, médico que trata doenças raras, atende no CREM de Casimiro duas vezes por mês

O que são doenças raras? A quem elas acometem? Qual a forma de tratamento? Em Casimiro de Abreu, essas respostas podem ser encontradas no consultório 5 do Centro de Referências e Especialidades Médicas, Manoel Marques Monteiro com o Dr. João Gabriel Daher 

 Único município da Baixada Litorânea a ter um Centro de Triagem para Doenças Autoimunes, João Gabriel vê em Casimiro de Abreu potencial para ser referência não somente na região, como em todo o Estado do Rio. “Não adianta ter um profissional se não houver sensibilidade”, observou 

Contratado pela Secretaria de Saúde, nesta semana, João Gabriel atende de quinze em quinze dias pacientes com as mais variadas doenças, a maioria desconhecida para a maior parte da população. 

“Doenças raras são um grupo de doenças crônicas, progressivas, degenerativas, incapacitantes. Não existem terapias definitivas para elas. Apenas 5% do universo das 8 mil conhecidas são tratáveis. No Brasil há 13 milhões de pessoas com essas doenças. 

 A estimativa é  que em Casimiro de Abreu haja 3.600 pessoas. Nosso objetivo é dar apoio a essas pessoas por meio do tratamento, inclusive pacientes com síndrome de Down, disse o médico, acrescentando que 80% dessas doenças são de origem genética e atingem crianças. 

Entre essas doenças estão o lúpus – doença que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos-, artrites reumatoides, espondilite anquilosante – artrite inflamatória que afeta as articulações da coluna, causando rigidez e dor nas costas-, entre outras.  

O médico alerta que muitas pessoas podem ter uma doença rara sem saber. Por isso é preciso estar atento a alguns sinais, como o atraso do desenvolvimento em crianças: baixa estatura e alterações na face e no corpo. Em adultos, sintomas mais comuns são formigamentos nas pernas e nos braços, alteração de pele e casos de insuficiência renal precoce. 

_ O desafio com todas elas é encontrar o tratamento adequado, que acolha tanto o paciente quanto sua família. Além disso, a falta de equipamentos, o desconhecimento dos profissionais de saúde, o desconhecimento das instituições tanto públicas quanto privadas em relação ao tratamento, são dificuldades que se apresentam para o portador de uma doença rara, encerrou.  

 

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